quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

BigFanfic.Capítulo 3 - Boss


Frente ao espelho, eu parei para pensar, vestida apenas com as roupas íntimas e pantufas de urso polar; Vi-me comparando a moça de hoje com a garota de alguns anos atrás. Eu podia não deixar transparecer, mas a ingenuidade ainda estava presente no brilho dos meus olhos, desses olhos confusos. Minha vida agora se resumia ao trabalho, afinal, até os caras que eu me interessaria, estavam sentados em uma salinha perto do meu escritório. Meu trabalho me parecia tão terrível quanto, porém não me entediava mais. E como alguém se entediaria com alguém como o Sterling rondando os corredores da revista que trabalha? Não dá. Mas aí entra aquela namorada dele. Eu andei conversando com ela, pra ver se eu me deparava com o amor deles dois e acabava perdendo as esperanças de beijar aqueles lábios finos e sedutores dele. Antes não o tivesse feito. Tiff parece amá-lo de uma forma que, para mim, chega a ser irritante. Ela o ama como eu amava Hugo, amor cego e sem fronteiras. Mas Hugo era um canalha, todos sabiam disso, menos eu, enquanto Sterling é maravilhoso, e todos sabem disso incluindo a própria Tiff. Eu poderia jurar que sabendo disso eu ficaria desmotivada de uma vez, mas, não sei se felizmente ou infelizmente, não fiquei. Consciente disso, eu estou mantendo a maior distância possível de Sterling, para não cair à tentação, e com isso acabei tendo que me aproximar do meu outro chefe, Joseph. 
Eu suspirei a ponto de embaçar o vidro do espelho ao deixar meus pensamentos pararem em Joseph. Eu podia tratá-lo mal como quisesse, mas ele sempre acabava gargalhando e me fazendo rir. Ele me pareceu bem atraente esses dias, seriamente e perigosamente atraente, no entanto, outro problema: Joe é o cara mais galinha da face terrestre. Ele é galinha do tipo que não desperdiça, e tem poucos requisitos: 1)Tem que ser gostosa 2)Tem que ser cheirosa 3)Tem que dar mole. Pronto, preenchendo esses pré-requisitos, pode se considerar dentro da rede do Joe! Uhu! Eu não gosto dessa mentalidade, é repulsiva! E daí pronto, me afastei também do Joseph. E agora, como fico? 
- Sozinha. - repeti para mim a mesma a resposta que invadiu meus pensamentos. Varri toda a melancolia da minha mente e me pus a pensar sobre outra coisa: A festa à fantasia. O que iria vestir? Tinha de decidir logo, passaria o dia todo costurando a roupa que escolhesse. Olhei bem pra minha cara e pensei sobre com quem eu parecia, tinha que ser um personagem... sexy. Dei uma gargalhada que podia ser ouvida por todo o prédio. null sexy, ui! Vamos ver, que tal a Betty Boop? Olhei para o meu corpo e imaginei o célebre vestido vermelho da Betty em mim. Costas nuas, pernas descobertas, decote... - Não. Definitivamente não. - Vai parecer que eu errei o lugar para rodar a bolsinha. 
Tentei analisar melhor o meu rosto, com quem eu me parecia? Demônio da Tazmânia? Monstro do lago ness? 
Lembrei das linhas roxas que rodeavam os meus olhos. Deixavam-me com um ar... vampiresco. 
- VAMPIRA! É ISSO! - Eu gritei para o espelho. Olhei para os livros da minha estante e vi a série de Stephanie Meyer, vampiros estão ainda muito recentes, clichês. Ainda olhando para a estante, enxerguei a minha coleção de HQ's dos X-men. Acho que já sei como vou para a festa. Abri meu armário à procura de couro negro... restos de couro, tinha aqui em algum lugar... 
Passei a tarde costurando a minha fantasia para a festa à noite. Ficou fascinante, digo, ficou do jeito que eu queria. Deixei a roupa recém-feita em cima da cama, tomei um banho rápido e fui pra o salão que é perto daqui de casa. Eu odeio ir ao salão, mas não conseguiria descolorir minha franja sozinha. Depois da seção chata, porém importante no salão, eu voltei pra casa afobada. Tinha apenas duas horas para me arrumar e chegar lá, contando com o engarrafamento, restava-me apenas uma hora. Corri para o banheiro e tomei um banho frio e relaxante, me arrumei o mais rápido que pude, maquiando-me entre uma secada de cabelo e outra. Como previsto, terminei de me arrumar exatamente em uma hora. Olhei-me ao espelho e vi minha imagem refletida de um modo diferente, a franja descolorida caia em parte no meu rosto e o couro colava ao meu corpo com gosto, mostrando cada forma, qualquer traço que o definisse. Bom saber que dias tediosos de academia sempre tem um retorno. Os meus olhos estavam mais fundos, por causa do sombreado roxo e preto que eu o contornei. Estava bom, agora eu realmente estava parecida com a Vampira do X-Men. Peguei um sobretudo preto e longo e joguei por cima dos meus ombros, coloquei algum dinheiro para o táxi e o celular no bolso e fui á cozinha me alimentar. Eu não sou a senhora prendada, não sei fazer mais do que macarrão e ovos, então optei por alguma coisa que fosse energética e rápida de se fazer: Chocolate e Morangos. Comi meia barra de chocolate intercalando com morangos vermelhos que a empregada havia comprado um dia antes. Guardei o que havia sobrado na geladeira e corri em direção ao banheiro novamente, desta vez para escovar os dentes e colocar o batom roxo. Feito isso, desci as escadas acelerada e acabei me impressionando com o que encontrei estacionado na frente do meu prédio. Um homem de cabelos grisalhos estava encostado numa limusine preta e dava sinal para que eu entrasse ali. 
- Hey garota, não se preocupe, eu trabalho para a Music Journal! 
- Essa limusine é pra mim? - eu perguntei confusa. 
- Sim, sim. Todos os chefes de seções têm que ir comigo pra lá, você não é a Srta.Lovato? 
- Sou eu. - eu falei com um sorriso, sempre quis entrar numa limusine dessas. Aproximei-me do carro e cumprimentei o senhor de cabelos grisalhos com um aperto de mão. - Como você soube que eu era eu? - fiz a pergunta confusa. 
- Me deram uma foto sua. 
- Nossa, estou tão fácil de se reconhecer com essa fantasia? 
- Na verdade, eu só vi a foto uma vez e acabei associando você como uma moça bonita. - o senhor deu um meio sorriso e eu fiz o mesmo. 
- Obrigada. 
- Não há de quê, Mademoseille. - Ele falou abrindo a porta da Limusine para mim. Lá dentro estava Jen acompanhada de Dominic, um dos chefes de seção da revista, e também uma outra moça que, se a memória não me falha, chama-se Emily. Eu sentei ao lado de Emily para não ficar muito perto do casal e acabar segurando vela. Cumprimentei de leve os presentes enquanto o senhor de cabelos grisalhos já tinha começado a costurar pelo engarrafamento da cidade grande. Percebi que Emily estava tão quieta quanto eu, e que ambas estávamos sem graça por causa do entrosamento excessivo entre Dominic e Jen, então puxei conversa com ela. Descobri que ela era a revisadora, e revisava a revista diretamente com os dois chefes, dando opiniões. Emily parecia ser uma boa garota, aliás, ela admitiu também não ir muito com a cara da Tiff aguada namorada do Sterling. 
Chegamos, queridos, preparem-se para descer. 
- Obrigada... - Eu procurava o nome do motorista sem sucesso. 
- Jared, Srta Lovato. - ele me respondeu. 
- Obrigada, Jared. - Eu sorri. 
- É, obrigada. - Emily também agradeceu. -Vamos, Demi? 
- Sim. Juntas no já. 
- 1, 2, 3 e já. - Fizemos a contagem e descemos do carro juntas. Os flashes disparavam sem parar a ponto de me deixar cega e, sem ao menos saber onde estava. Senti alguém tirando meu sobretudo e apenas pedi para ter cuidado pois haviam algumas coisas minhas dentro do bolso, eu só não esperava ouvir uma voz em resposta ao meu pedido de cuidado: 
- Não se preocupe, Demi, suas coisas estão em boas mãos. - A voz respondeu ao meu ouvido, e por mais que eu virasse para ver quem era, não via nada mais do que vultos ou mais flashes me cegando. Eu conhecia aquela voz, mas não conseguia lembrar a quem ela pertencia. O autor da voz segurou minha mão e me guiou até a entrada da festa onde o som estava tão alto que o meu coração palpitava e o chão tremia. Eu já havia perdido as esperanças de ver o rosto daquele indivíduo e também não pretendia ficar muito tempo naquela festa, tentei achar Emily, a única pessoa que poderia conversar sobre coisas alternativas comigo sem que eu babasse, afinal, Ster seria a outra pessoa capaz de conversar coisas alternativas comigo. 
Lá estava Emily, vestida de Super-Girl, com as pernas descobertas e uma capa vermelha que ela tentava colar mais ao corpo por causa do frio. Tirei a minha capa e dei a ela em silêncio. 
- Essa supergirl sente até frio! - Eu ri. 
- HaHa, engraçadinha. E aí, quem era o bonitão Coringa que estava ao seu lado? 
- Sei lá! A cara tava meio coberta e eu estava meio tonta por causa dos flashes, não consegui reconhecer. 
- Sei... 
- Sério! Mas parece que ele me conhece, porque me chamou pelo apelido. 
- Trate de descobrir quem é, minha querida, porque ele parecia ser bem... nhamnham. - Emily ria e eu fiz o mesmo. 
- Ok, ok. Vem cá, você já viu o Ster ? 
- Ster ? Aquele gostosão vestido de Batman vindo em nossa direção nesse exato momento? 
- O que... - Me virei para ver onde estava o tal Batman. E lá estava ele, o Batman mais gostoso que eu já vi em toda a minha vida. 
- Hey, Vampira, hey, super-girl! 
- Nossa, todo mundo está me reconhecendo. - Eu falei, fingindo desânimo. - Esse corpo a gente reconhece em qualquer lugar, Demi. - Ster disse, fazendo-me corar de leve. 
- Sabia que vocês iam se dar bem, o Joe não queria por vocês na mesma limusine porque achava que vocês iam acabar brigando por ele.
Eu e Emily nos entreolhamos sérias e gargalhamos depois.
- Essa foi ótima. - Emily riu sarcástica. 
- Não, Emily, essa foi podre. - Eu comentei. Nós estávamos nos divertido conversando ali; Ster falava sobre as entrevistas que havia dado e as perguntas idiotas que haviam sido feitas, principalmente no que se diziam à fantasia dele. Mas então acabamos interrompidos por uma certa loira aguada, quem poderia ser? Ah sim. Tiff. 
- Ster, amor, vamos entrar na festa, você já está a bastante tempo aqui fora. - A Tiff se aproximou do meu, digo, do Ster e lhe deu um beijo estralado na bochecha. Ele a puxou e lhe deu um selinho demorado, tipo, NA MINHA FRENTE! Tudo bem, eu sei me controlar, sou a melhor atriz do mundo: só preciso de um incentivo. Eu me despedi do casal apenas com um sorriso de boca fechada e um aceno com a cabeça, puxei Emily comigo lá pra dentro e me sentei na frente do bar com ela. Primeiro, um Coringa desconhecido me paquera, e depois o Batman que eu tanto queria já tem uma vítima, e pior, ela é duradoura. Merda. - Meu querido! Dá-me um dose de Red Label, sem gelo, por favor. - Eu pedi sem dó. Precisava de um pouco de incentivo pra ser a melhor atriz do mundo e fingir não me incomodar com null e a namorada; e de outro incentivo, este para dançar na pista cheia de gente. 
- Demi, você vai beber? - Emily perguntou preocupada. - Eu pensei que você não bebia. 
- Mas eu não bebo, amor. Odeio beber. Só que agora isso é uma necessidade. - Falei, pegando o copo e virando de uma vez, franzindo a testa ao sentir o gosto amargo e forte da bebida descer goela a baixo. 
- Espero que saiba o que está fazendo.- Ela me advertiu. 
- Eu sempre sei. - Lhe disse - Mas agora é hora de dançar. 
Eu acho que ela entendeu porque eu bebi nesse momento, Emily havia me dito no carro que adorava dançar e eu havia reprovado esse gosto dela.
Nós dançávamos uma música qualquer empolgadas, Emily dava um show e eu parecia estar entrando no ritmo. De repente, um príncipe épico apareceu atrás dela e começou a dançar. Ela não parou de dançar, virou-se para ele e os dois dançaram juntos, sincronizados. Presumi que já se conheciam e deixei que minha nova amiga continuasse com a dança quente dela, acenando de leve pra ela com uma das mãos e me esbarrando pela multidão, tentando encontrar a saída da pista de dança, ou talvez a saída daquela festa que, para mim, já havia dado no que falar. No caminho, encontrei alguns colegas de trabalho os quais eu fiz questão de passar direto, estava ficando cada vez mais impaciente. Quando finalmente consegui sair da multidão, me deparei com uma cena estridente: Ster e Tiff, se amassando, digo, se comendo em um sofá, novamente NA MINHA FRENTE! Mas que merda, eu precisava de um porre urgentemente. 
Para chegar ao bar eu teria que novamente encarar aquela multidão da pista de dança. Merda novamente. Eu entrei naquele bolo de gente, sem querer saber quem ou o que eu estava empurrando, até que algo me parou, segurando meus braços e me fazendo encará-lo: Era ele, o Coringa do começo da festa. O rosto estava pintado e borrado, como no último filme do Batman, o qual Ledger interpretou. Eu pude ver que seus olhos e me passavam uma segurança estranha e boa ao mesmo tempo. Acho que nunca vi este homem na minha vida, sendo ele um desconhecido, o que fazia neste momento segurando os meus braços de tal forma? 
- Calma, Demi, você está bem? - O Coringa me perguntou. 
- Por que todo mundo me reconhece? - eu falei brincando, tentando disfarçar minha aflição. 
- Eu perguntei primeiro. - Ele disse apenas sorrindo de leve. Ok, não deu certo, plano B! 
- Eu tô ótima. Agora eu vou pra lá, pode ser? - Perguntei indicando com o olhar os meus pulsos que ainda estavam imobilizados. 
- Desculpe, pode ir. - Ele falou meio desanimado. Eu parei para observá-lo melhor, e Emily estava certa, ele era bem sexy. Mas agora era hora de encher a cara ou ir pra casa, sair daquele lugar, as imagens de Ster e Tiff, estavam me deixando mais aflita que antes. 
- Todo mundo te reconhece... - Ele falou e eu parei para saber o final da frase encarando suas íris, me acalmando. - Porque sua beleza não pode ser confundida, nem que você se vista de alienígena. 
Eu sorri com esse comentário. Talvez não fosse de bebida que eu precisasse, nem de casa, talvez eu precisasse apenas daquelas íris me encarando, me acalmando. Talvez eu só precisasse de um Coringa. 
Aproximei-me devagar do homem e coloquei minhas mãos cobertas com a luva por seus ombros. Olhei fundo nos seus olhos: 
- Quem é você? Por que sabe o meu nome? 
- Eu sempre estive ao seu lado. É uma boa dica. - Ele sorriu. 
E com esse sorriso eu pude reconhecê-lo. 
- Tudo bem, eu não quero mesmo saber quem você é. Mas o que você tem a me oferecer? 
- Uma dança. 
- Só? - Eu perguntei e ele não respondeu, apenas voltou a sorrir aquele sorriso que eu conhecia bem, de longe e raramente dado para mim a não ser que fosse por escárnio. Ele colocou as duas mãos na minha cintura, e eu entrelacei os meus braços pelo seu pescoço, com o cotovelo apoiado pelos seus ombros e o olhar fixo naquelas íris. A música que tocava era de batidas fortes, um rap estranho e desconhecido pela minha pessoa. Nós dançávamos lentamente, como se houvesse uma outra melodia ecoando em nossos ouvidos, num ritmo próprio. Eu examinava o rosto do Coringa, lembrando de suas expressões duras no trabalho agora tão leves e reconfortantes. Seus olhos agora me puxavam mais pra perto, numa linha invisível, e eu me aproximava de seu rosto involuntariamente, aproximei a ponto de encostar nossas testas. Senti sua respiração perto de mim, o ar saia de sua boca acelerado e soprava na minha; um hálito bom, distinto, refrigério, invadia meus pulmões. 
- Você cheira a chocolate e morango - Ele falou com um sorriso. 
- Você já provou essa combinação? - Eu o provoquei e ele acabou dando uma risadinha, assim como eu. A boca dele se aproximou da minha e então ele deu uma mordida em meu lábio inferior que me fez gemer baixinho, o seu toque havia me trazido calafrios dos mais poderosos, que se movimentavam em avanço frenético da cabeça aos pés. Ele passou a língua pelo meu lábio e voltou a separar nossas bocas. Eu quis protestar, mas me contive. 
- Parece ser gostosa. 
Eu sei que ele queria brincar, mas eu queria muito mais daquela boca. Eu ri de seu comentário e lhe beijei os lábios com vontade. Meu braço escorreu pelo seu ombro e eu segurei seus cabelos com força, o guiando e ele fazia o mesmo. Era incrível o quão sincronizados estávamos. Extraordinário como fazíamos os movimentos certos na hora certa, era como se fôssemos encaixes de um quebra-cabeça. Nossos corpos estavam colados e eu pude sentir a excitação dele quando sua região pélvica se encostou na minha coxa. Meu Deus, o que era aquilo? O volume era indescritivelmente grande. Não que eu já tenha sentido muitos, mas esse cara com certeza tem algo a mais, consideremo-lo bem dotado, para não usar de super.
Eu tinha desejo dele, eu o queria para mim e queria agora. Necessidade de luxúria, tão simplesmente humana. Quebrei o beijo e pedi: 
- Banheiro. 
- Você leu meus pensamentos. - Ele me disse sorrindo e me dando um selinho, logo depois segurando a minha mão e me guiando pela multidão até o banheiro. 

Chegando lá, estavam todos ocupados. Eu quis me desesperar, mas o Coringa parecia ter outros planos já formados em sua mente. Ele voltou a me puxar e nós acabamos num estacionamento escuro, onde eu vi a limusine do Jared estacionada no final do estacionamento, pelo que parecia, nós iríamos pra lá. 
- Uai Chefe, a gente vai pra lá? Mas será que não vamos ter problemas com Ster ou Joe depois? - Eu o provoquei, ounvindo-o dar uma risada abafada. 
- Confie em mim, Vampira, - Ele disse apenas, frizando bem a minha fantasia e não mais o meu apelido. 
Ele tinha as chaves da limusine, abriu a porta e fez menção para que eu entrasse. Eu sorri e entrei. O Coringa entrou e sentou-se ao meu lado, fechando a porta. Eu olhei para ele com um sorriso malicioso e ele fez o mesmo, nós caímos na gargalhada por nada, e só paramos de rir quando ele de repente virou o meu rosto para ele e me beijou. Ele estava com uma das mãos na minha cintura e a outra no meu pescoço, puxando um pouco do meu cabelo enquanto eu já passava a mão pelo seu tronco, por debaixo do paletó roxo berrante. Aproveitando o lugar onde minhas mãos já exploravam, retirei seu paletó e joguei-o no chão, ainda sem partir o beijo. O Coringa abria o zíper do meu macacão de couro com agressividade e agora se deparava com meu tronco já nu. Parecia satisfeito com o que via quando esboçou um leve sorriso ao observar meus seios. 
Seguiu por beijos pelo meu colo e passou sua língua quente pelos meus seios, um de cada vez, me fazendo arrepiar. Malditos calafrios. Estilhaça insanidade e células nervosas. 
Mal-intencionado, desceu com mais beijos, retirando o resto do macacão até chegar a tirar minhas botas e beijar meus tornozelos de uma maneira que eu julguei extremamente sexy. Eu já estava apenas de calcinha em sua frente e ele ainda estava com a roupa quase toda vestida, exceto pelo paletó que jazia embolado no chão da limusine. 
- Vamos dar um jeito nessas roupas - Eu sussurrei, levantando meu tronco e tirando seus trajes na maior velocidade possível. Em pouco tempo, ele também só estava de boxers e então voltou a me prensar no banco, deitando seu corpo sobre o meu e beijando minha boca com vontade. Mordi seu lábio inferior, apenas de sentir seu corpo sobre o meu já me sentia extremamente excitada e eu não via a hora de sentir todo aquele volume dentro de mim, não aturaria quaisquer provocações, queria sexo bruto.
Ele pareceu perceber minha inquietação e também parecia querer o mesmo. Eu tomei a iniciativa, e tirei suas boxers com a ponta dos pés, jogando-as para baixo. Sua ereção era incrível, e o meu tato aguçado não deixou aquele volume passar despercebido; meu corpo tremeu ao sentir o seu membro roçar na parte interior da minha coxa. 
 O Coringa interrompeu o beijo, encostando nossas testas. Eu deixei meus olhos fechados, sentindo a respiração ofegante dele se chocar fortemente com a minha; suas mãos tirando minha calcinha cautelosamente. Ajudei-o, levantando um pouco o meu corpo, nossas testas se desencostaram e ele parou para tentar observar o meu corpo nu e suado mesmo com a pouca claridade que invadia aquele carro. Eu abri os olhos, deixando-os baixos e encarando apenas o sorriso pervertido do Coringa antes de ele se posicionar em cima de mim.
Com a camisinha já vestida, deixou seu membro devidamente colocado na entrada da minha vagina. Aos poucos senti a glande penetrar e minha respiração simplesmente parou, até que ele o fez completamente - vagarosa e torturantemente - investia com força e velocidade. A sensação era simplesmente indescritível, nunca havia sentido nada como isso antes, e eu devia admitir que esse cara era realmente muito bom. Eu gostava de sua agressividade - indelével - e parecia que o meu corpo também. O Coringa mantinha a velocidade incrível e ás vezes não dava pra ocultar o prazer que eu sentia com gemidos sussurrados, minha voz se manifestava involuntariamente; todavia eu ainda conseguia me controlar para não dizer o nome dele. Ele teve que dar o melhor de si, tenho certeza que sim, mas o resultado foi gratificante: ambos tivemos o orgasmo, e ao mesmo tempo. 
Não é fácil levar uma mulher ao orgasmo, principalmente sem antes provocá-la insistentemente, apenas com a penetração. Meu orgasmo durou alguns segundos, meus órgãos se reviravam dentro de mim, um pandemônio interior, e a sensação era de prazer extremo misturado com dor, um pouco masoquista sim, admito. 

O Coringa caiu cansado sobre o meu corpo, dando-me um selinho demorado antes de se aconchegar ao meu lado, seus olhos fechados e seus cabelos suados grudando na testa. O banco era pequeno para nós dois, no entanto eu me enrosquei nele de modo que coubemos os dois de ladinho. Eu observava seus belos traços escondidos na maquiagem de Coringa. Peguei um guardanapo que estava atrás de mim e perto de umas garrafas de champagne e me pus a limpar o rosto dele, que agora jazia angelical em sono profundo. Eu estava cansada e poderia dormir naquele exato momento, mas não o fiz, precisava voltar para casa, pois ainda teria de trabalhar amanhã; afinal, mesmo sendo um domingo, era nos domingos que a revista era impressa e eu tinha que reexaminá-la antes. Além do mais, ainda tinha que preservar aquela de que não sabia quem era ele. 
Fiquei algum tempo a observá-lo dormir calmamente, esperando que meu corpo voltasse ao estado normal e eu pudesse sair daquele carro sem que parecesse uma desequilibrada, literalmente. Assim feito, vesti-me com dificuldade; mesmo aquele carro sendo grande, era baixo, e eu ainda era um pouco desastrada. 
Peguei o celular do Coringa do bolso de seu paletó e coloquei um despertador para daqui a meia hora, e um lembrete para que ele se vestisse. Dobrei suas roupas e coloquei sobre o outro banco, logo após, finalmente saí do carro. 
Eu andava pelas ruas geladas e escuras de Londres à procura de um táxi, relembrando o que havia acontecido naquela festa, sorrindo satisfeita. Eu havia transado com um Coringa, e vamos admitir logo, um coringa gostoso e metido, mais conhecido como Joseph, o meu chefe. 

4 comentários:

  1. Posta por favor! eu adorei esse, tipo muito legal! *_*

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  2. OMG, era o joooe *__*
    Ameey
    Hey, por favor Divulga meu blog, please aqui está:
    http://thepriceoftreasonjemi.blogspot.com/
    Leia e comente, critique se tiver faltando algo e elogie se tiver nos conformes...

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Tem um selinho pra você em meu blog: http://thepriceoftreasonjemi.blogspot.com/2012/01/blog-post.html

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