sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

BigFanfic.Capítulo 4 - Boss



Acordei com o despertador do meu celular. Abri os olhos com dificuldade, eles pareciam estar grudados, e me voltei ao visor do celular: 5 chamadas não atendidas, 3 mensagens recebidas e um lembrete: 'impressão da revista'.
As chamadas eram de Emily, quatro delas. A outra foi de Jen. Estranhei essa preocupação dos meus colegas de trabalho e resolvi checar o horário. Eu não estava atrasada, chegaria a tempo sem problemas. Abri as mensagens: 

Cadê você? Estou te ligando há horas, Demi! Sua presença está sendo solicitada.
Ster. 

Legal, legal. Ele vai me matar. 
Demi, reunião de emergência! Liguei-te ontem pro outro celular, mas você não atendeu, Ster vai pirar aqui. 
Xx, Jen

Ah, óbvio, marcaram uma reunião e não me avisaram. Pergunto-me se alguém ali sabe o que é marcar com antecedência. Merda. 

Why so serious? Obrigado pela noite, desejaria que ela se repetisse infinitamente. Obrigado pelo despertador, não sei o que seria da minha reputação sem ele. HAHA. 
Anonymous. 

E nem precisava ser anônimo, Joe. Respondi mentalmente à mensagem. Levantei de uma vez da cama, jogando o celular lá e indo ao banheiro, precisava de uma ducha gelada e rápida. Assim feito, me vesti, passei um pó compacto no rosto, a fim de disfarçar a noite mal dormida; coloquei um rímel só porque o vi fácil em cima da pia. Fui à cozinha, colocando minhas botas e mancando, apressada. A minha geladeira estava praticamente vazia, a não ser por algumas verduras, jarros de água e restos mortais de refrigerante. Ótimo, agora eu teria de ir ao mercado. Abri a dispensa e encontrei o mesmo vazio. Então eu peguei o que havia de mais calórico: uma barra de cereal. Não existe nesse mundo coisa mais broxante do que uma barra de cereal, sinceramente. Comi às pressas e saí de casa correndo, pegando um táxi e chegando finalmente ao trabalho. 
 Jen me recepcionou afobada, dizendo que era para a reunião ter começado há uma hora e que todos estavam apenas à minha espera. Quando cheguei na sala de reuniões, ainda meio tonta por causa do sono, percebi que quase todos os chefes estavam lá sentados; 
O Ster tinha uma cara de ressaca misturada com uma preocupação tremenda, e batucava em cima do laptop algum ritmo estranho.
Joe estava lá e a única cadeira vazia era do lado dele. Cumprimentei meus colegas de trabalho categoricamente, me desculpando por não ter chegado antes já que não fui avisada com antecedência. Eles pareceram meio irritados, mas acho que acabaram me desculpando. Sentei ao lado do Joe e cruzei pernas e braços. 
- E então, o que aconteceu? – perguntei simplesmente. 
- Failed. - Ster suspirou, finalmente olhando nos meus olhos. - A festa foi um fracasso. 
- Mas como? - Alguém que eu não consegui identificar perguntou. Voltei os meus olhos para os dois chefes. 
- Chamaram o Perez Hilton de gay na frente dele. Digamos que ele tenha bons contatos e a mídia tacou em cima da gente. - Joe respondeu sério. 
- Legal, e quem fez essa proeza? - perguntei, levantando uma das sobrancelhas em tom de desafio. 
- Ninguém - Ster respondeu. 
- Ninguém? - eu perguntei. 
- Ele. - Joe respondeu - foi ele quem o chamou assim. 
- Eu estava bêbado. 
- Não precisa se explicar, Ster. - eu disse, acalmando-o. 
- Não mesmo? 
- Óbvio que não, agora a gente precisa de uma solução. - Todos olharam pra mim, assustados por eu não ter xingado nada nem ninguém no processo. Sempre era eu que saía rebaixando as pessoas que faziam alguma besteira naquela revista. Dentre os olhares, encontrei o de Emily. Sim, Emily, minha mais nova amiga, a revisadora. Cumprimentei-lhe com um sorriso e ela retribuiu. 
- Demi está certa. A gente precisa de uma solução urgentemente. Alguma coisa que possa promover a revista de um modo que nem Perez Hilton possa nos colocar pra baixo. - Emily disse. 
- Ou iremos falir, ou despedir muita gente. O setor financeiro não está essas maravilhas, principalmente depois dessa festa-fracasso. - Phil, o nosso contador, falou. 
- Eu espero que vocês se esforcem para achar uma solução conveniente, de acordo principalmente com os nossos cofres. Além disso, preciso que cada setor se esforce também para produzir boas matérias, a revista precisa ser vendida a qualquer custo. - Joe falou agora na sua pose (sexy) de chefe. 
- Era só isso. - Ster disse. - Agora vocês podem ir pra casa. Pensem no que Joe disse, estamos um por todos e todos por um. 
 O murmúrio invadiu a sala antes silenciosa de uma forma devastadora. As pessoas estavam preocupadas, aquilo havia sido um problema para todos nós. Permaneci sentada na minha cadeira, apenas cruzei as minhas pernas em posição indígena. Coloquei meus cotovelos sob a mesa e as mãos segurando a mandíbula. E agora? Eu precisava arranjar um jeito de não só salvar meu emprego como a revista inteira. Não ia conseguir apenas o emprego de volta, mas com certeza um certo prestígio. Um aumento salarial realmente não me faria mal. As pessoas saiam da sala enfileiradas, permaneciam apenas os chefes e eu ali. Eu não prestava atenção neles e não percebi quando o tempo passou e todos foram embora. Quando alguém falava comigo, eu apenas assentia com a cabeça, perdida em meus pensamentos. 
 Horas deveriam ter se passado e nenhuma idéia saia da minha cabeça. Eu estava ficando agoniada e a fome também já estava me tomando. Fui até a velha máquina de café, sentindo minhas pernas um pouco dormentes, devido ao tempo em que passei na mesma posição. Optei por um capuccino simples e peguei o copinho de plástico com cuidado pra não me queimar. Ouvi vozes ecoarem. Eram masculinas, e eu as conhecia. 
Os dois chefes conversavam no escritório. Eu sei que não devia ficar bisbilhotando assim a vida alheia, mas foi mais forte do que eu, principalmente depois de ouvir: 
- Demi?! - A voz de Ster ecoou. Eu fiquei atrás da porta entreaberta, ouvindo e observando tudo pelo pequeno feixe. 
- Sim. Ela mesma. - Joe respondeu sorrindo. 
- Eu duvido. Demi nunca lhe deu ousadia e vocês vivem brigando. 
- É, cara, mas ela não sabe que fui eu. 
- Não sabe? 
- Claro que não, meu rosto estava maquiado. Não dava pra me reconhecer naquela fantasia. 
- Ela transou com um estranho... 
- Sim. Você nunca transou com estranhas? - .
- Foi mal. 
- Mas e daí? Agora você acabou de conseguir uma proeza e tanto. Demi é funcionária mais desejada de toda a Redação. 
- Legal. No entanto, algo muito pior me incomoda. - Joe adquiriu uma expressão pensativa, focando seus olhos extremamente na grande janela do escritório. Belos olhos, pensei. Há tempos venho observando que a beleza daquele homem estava nos detalhes, e isso me excitava, não há nada que me excite mais do que detalhes. 
- Joe? - Ster o interrompeu de sua forma pensativa. 
- Sim? 
- Você ia dizendo... 
- Ah! - Joe sorriu - Acho que estou, você sabe, pela nossa Demi.
- O QUÊ? - Sem perceber Ster elevou seu tom de voz, consertando-o automaticamente - Quero dizer você está apaixonado por ela? 
- Sim. Apaixonado. 
- Joe, ela nem sabe que você era o Coringa. 
- Ster, eu lhe disse que estava num dilema, certo? 
 Eu realmente não precisava ouvir mais do que aquilo. Então quer dizer que Joe Jonas estava apaixonado por mim? 
Sim, e daria para tirar bons proveitos daquele belo chefe. Eu não me importaria de ficar com ele por uns tempos, e, aliás, o que ele havia me feito sentir na noite anterior deveria ser repetida sempre. Eu ia pensar sobre esse caso também.
Fui para a casa com minha cabeça funcionando a 300 por segundo, os pensamentos e idéias sendo analisadas com destreza. Em casa, percebi que era horário de almoço, então pedi uma pizza e liguei para Emily. A Summers é uma garota inteligente e eu acredito no ditado que diz que duas cabeças pensam melhor do que uma. 
- Demi! Mulher, eu tentei te acordar do seu transe, mas você parecia estar em outro mundo. 
- E estava no mundo da minha imaginação não tão fértil. - Eu ri - Mas eu não te liguei pra isso. Você topa vir aqui em casa pra gente discutir umas idéias? 
- Trabalho? 
- Sim, um pouco. Mas depois a gente pode fazer alguma coisa juntas. Ir à Starbucks, por exemplo. 
- VICIADA! – Emily disse, rindo. Eu ri também. 
- Eu topo, já estou indo para aí. 
- Ok. Pedi uma pizza pra gente não morrer de fome, tudo bem? 
- OBA! Nem se preocupe com os sabores, eu gosto da maioria! 
- Tá bom, gordinha. Vem logo, estou te esperando. Beijos. 
- Beijos, fui! 
Desliguei o celular ainda dando risada. Eu acho que tudo que precisava era de alguém que pudesse me ouvir e entender. E para mim, Emily era a melhor pessoa pra isso. 
- VOCÊ SÓ PODE ESTAR BRINCANDO! – Emily falava, digo, gritava, enquanto comia o último pedaço de pizza. A sua boca ainda estava cheia. Eu ria descontroladamente. 
- É verdade, amore mio. - disse entre risadas. 
- C-como você conseguiu essa façanha? Tipo, é o Joe, o cara mais... 
- Galinha da face terrestre. Sim, eu sei disso. – a interrompi. 
- Ster ficou bem puto com você hoje. 
- É, ele ficou meio estranho comigo, mas não sei se isso é realmente porque eu me atrasei hoje. Ele mal olha nos meus olhos! 
- Estranho... – ela concordou. 
- Estranho – repeti. 
- Mas e agora, o que você vai fazer? – Ela perguntou, limpando a boca com um guardanapo e tomando um gole da Coca. Essa menininha COMIA, viu? 
- Bem, eu acho que vou fazer algo amanhã. Eu espero que dê certo. 

3 comentários:

  1. É serio eu adoro essa história posta logo! ahh eu sou a sua nova seguidora. No caso eu fui a oitava! (Só pra identificar mesmo). *_*

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  2. aaaaaaamei by : Yasmin Zanini

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  3. Posta por favor
    serio essa fic ta muito legal

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